segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Duck Amuck, Chuck Jones

Filme: Duck Amuck, 1953, Looney Tunes Series
Diretor: Charles M. Jones
Animadores: 
Ben WashamKen HarrisLloyd Vaughan



Link da Animação

Resenha: Basicamente, a história é o Patolino (Daffy Duck) que se encontra em um desenho onde o animador fica mudando o cenário, o som, as roupas, enfim, toda a composição do desenho.

Um pouco sobre o diretor: Chuck Jones é basicamente um mito da Warner. Ele e o Friz Freleng foram os maiores diretores que já passaram pelo estúdio. Ele possui todo um estilo próprio pelo exagero dos personagens, do cenário e pela genialidade como dirigia os episódios da Looney Tunes Series. Enfim, ele ficou na Warner até 1963, quando foi contratado pela MGM. Dirigiu algumas animações e uma serie de Tom e Jerry lá, por sinal uma das melhores deles.

Análise: A história por mais simples que seja, explora de uma maneira extremamente interessante e engraçada a relação do desenhista com o personagem. Muitas vezes o personagem possui uma personalidade tão forte que dependendo de como a animação caminha, ele acaba por indiretamente exigir do desenhista certos detalhes para compor toda a cena e é exatamente aí que o Chuck Jones trabalha. Daffy Duck é considerado a personagem mais complexa da série por ser marcado pela personalidade forte e pela insistência de impor sua presença no desenho. (Um exemplo claro disso é uma abertura da série no Cartoon Network, que apenas a presença do Bugs Bunny já era motivo para o publico ir ao delírio, mas o Daffy Duck se esforçava ao máximo para receber atenção, mas nunca era reconhecido. O que não o impediu de continuar tentando até o fim do curta). E é a partir dessa exigência que se explica toda a brincadeira com os elementos da composição de uma animação. Ele quebra a famosa quarta barreira (a que separa o espectador do entretenimento) e interage com o espectador. A relação de intimidade que a personagem estabelece com seu criador é assustadora. Ele, literalmente, exige do desenhista o cenário, o figurino, o som, como se ele comandasse o desenrolar da animação, e não o animador. Mas não é isso que acontece, e sim o contrário. Chuck Jones trabalha o episódio surpreendendo o espectador, que estava esperando um episódio comum, e o introduz no mundo da animação de maneira divertida. Enfim, ele possui uma singularidade que encanta de uma criança de dez anos até um renomado crítico de cinema.
Um ponto interessante é que o curta possui uma pitada didática. A medida que o Duffy Duck é contrariado, ele vai explicando para o espectador como uma animação realmente acontece, ponto por ponto.

Curiosidades: Bom, esse é um dos episódios mais famosos dos Looney Tunes, encontrando-se na segunda posição das 50 melhores animações da série. Ele só perde para What's Opera Doc? (pretendo analizá-lo mais pra frente).

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Filme: Three Little Pigs, 1957, Looney Tunes Series

Filme: Three Little Pigs, 1957, Looney Tunes Series
Diretor: Isadore  Freleng
Animadores: 
Gerry Chiniquy; Bob Matz


Resenha:               
O curta genial dirigido por Friz Freleng é uma paráfrase do famoso conto, Os Três Porquinhos. A história começa contando o percurso de três porcos músicos que possuem uma talentosa banda de jazz.  Eles começam fazendo shows em uma casa de palha. Tudo parecia correr bem quando um lobo cornetista se intromete no show e tenta participar da banda. Os três porquinhos aceitam sua presença, mas logo desistem de sua participação, pois o estilo do lobo não se enquadra ao da banda. Assim eles expulsam-no do local. O lobo fica furioso e toca a corneta tão forte que a ele consegue destruir a casa de show, onde os porquinhos se apresentavam. A partir daí, o lobo continua sua tentativa de fazer parte da banda de jazz dos porquinhos, chegando até a destruir outra casa de madeira, em que aconteciam os shows. Mas ele falha, pois os porquinhos conseguem uma casa de tijolos e por isso impedem que o lobo derrube-a com seu sopro na corneta. Após um final inesperado, o lobo atinge seu objetivo.

Sobre o diretor:
O diretor dessa incrível animação não é ninguém menos que Isadore Freleng, ou Friz Freleng (como é mais conhecido). É mais conhecido pela sua participação nos estúdios da Warner Bros nas séries: Looney Tunes e Merrie Melodies. Foi o diretor que dirigiu mais animações na empresa, assim como o que ganhou mais prêmio (4 oscar’s de melhor curta) pela empresa. Depois da Warner, Freleng trabalhou em outros estúdios, como o que ajudara a fundar  DePatie-Freleng Enterprises, onde foi responsável para a produção de uma série de sucesso chamada: A Pantera Cor de Rosa.

Análise:
Para mim, é de longe o melhor curta que já assisti. Talvez seja por causa da minha paixão pela música  ou talvez por ser fã trabalho do Freleng. Mas, existem pontos que são inquestionáveis no trabalho desse curta. O timing da animação é perfeito. A animação dos personagens são minuciosamente trabalhados para se encaixar com o ritmo da música, como os clássicos movimentos repetitivos de toda animação, os porquinhos tocando os instrumentos, as várias quedas do lobo e suas tentativas de entrar na banda. Além disso, a trilha que Shorty Rogers compôs para o filme é de uma tamanha falta de educação. Um jazz da mais alta qualidade com todos os efeitos sonoros que a animação precisou, da corneta desafinada até o bumbo furado.
Enfim o trabalho do som é genial.
O que me deixa mais intrigado é que além do som o visual do curta é muito massa.
Ele foi criado em 1957, ou seja, o jazz era uma música moderna de altíssima popularidade. Então a imagem é trabalhada exatamente nesse ponto, a arte moderna. O cenário, os instrumentos e os personagens possuem um trabalho todo em formas geométricas claramente definidas. Se usa muito retas, quadrados, formas pontiagudas. E isso acaba por marcar todo um estilo visual tanto da época como do diretor.

Curiosidades:
Bom, para finalizar, se você assistiu o curta, deve ter se perguntado quem é a pessoa que o porquinho pianista cita ao meio do filme na frase: "I wish my brother George were here". Então, eu pesquisei e descobri que é uma referência a um músico que se apresentava na televisão conhecido como Liberace's Brother George. Como curiosidade, o Pernalonga já fez essa mesma citação e um desenho, quando ele vai começar a executar uma peça no piano!

Espero que tenham gostado!

Começo

Então, comecei esse blog depois de fazer uma resenha para a faculdade.
Eu gosto de fazer resenhas, e queria compartilhar ela com mais gente.
Vou fazer de tudo pra fazer muita animação bacana pro blog. Talvez as resenhas no início, possam acabar tendo um pouco spoiler, pois minha experiência com resenhas ainda não está muito apurada, mas vou me esforçar o máximo para que as reviews tentem dissecar a animação sem trazer os malditos spoilers aos espectadores em potencial dela.
Em geral, eu pretendo trabalhar mais em cima de Curtas, até porque sou muito desorganizado e preguiçoso,
mas as vezes vou analisar longas, principalmente se eles acrescentarem algo pra todos.

Espero que gostem do blog, e se possível ajudem a divulgar!

Muito Obrigado,

Artur.