Diretor: Charles M. Jones
Animadores: Ben Washam, Ken Harris, Lloyd Vaughan
Link da Animação
Resenha: Basicamente, a história é o Patolino (Daffy Duck) que se encontra em um desenho onde o animador fica mudando o cenário, o som, as roupas, enfim, toda a composição do desenho.
Um pouco sobre o diretor: Chuck Jones é basicamente um mito da Warner. Ele e o Friz Freleng foram os maiores diretores que já passaram pelo estúdio. Ele possui todo um estilo próprio pelo exagero dos personagens, do cenário e pela genialidade como dirigia os episódios da Looney Tunes Series. Enfim, ele ficou na Warner até 1963, quando foi contratado pela MGM. Dirigiu algumas animações e uma serie de Tom e Jerry lá, por sinal uma das melhores deles.
Análise: A história por mais simples que seja, explora de uma maneira extremamente interessante e engraçada a relação do desenhista com o personagem. Muitas vezes o personagem possui uma personalidade tão forte que dependendo de como a animação caminha, ele acaba por indiretamente exigir do desenhista certos detalhes para compor toda a cena e é exatamente aí que o Chuck Jones trabalha. Daffy Duck é considerado a personagem mais complexa da série por ser marcado pela personalidade forte e pela insistência de impor sua presença no desenho. (Um exemplo claro disso é uma abertura da série no Cartoon Network, que apenas a presença do Bugs Bunny já era motivo para o publico ir ao delírio, mas o Daffy Duck se esforçava ao máximo para receber atenção, mas nunca era reconhecido. O que não o impediu de continuar tentando até o fim do curta). E é a partir dessa exigência que se explica toda a brincadeira com os elementos da composição de uma animação. Ele quebra a famosa quarta barreira (a que separa o espectador do entretenimento) e interage com o espectador. A relação de intimidade que a personagem estabelece com seu criador é assustadora. Ele, literalmente, exige do desenhista o cenário, o figurino, o som, como se ele comandasse o desenrolar da animação, e não o animador. Mas não é isso que acontece, e sim o contrário. Chuck Jones trabalha o episódio surpreendendo o espectador, que estava esperando um episódio comum, e o introduz no mundo da animação de maneira divertida. Enfim, ele possui uma singularidade que encanta de uma criança de dez anos até um renomado crítico de cinema.
Um ponto interessante é que o curta possui uma pitada didática. A medida que o Duffy Duck é contrariado, ele vai explicando para o espectador como uma animação realmente acontece, ponto por ponto.
Curiosidades: Bom, esse é um dos episódios mais famosos dos Looney Tunes, encontrando-se na segunda posição das 50 melhores animações da série. Ele só perde para What's Opera Doc? (pretendo analizá-lo mais pra frente).